«A memória é uma prisão. Aprisiona quem lembra e quem é lembrado; impossibilita a verdadeira liberdade que só os que não lembram conhecem.
Lembrar é recuperar passados e partir para o futuro sempre com bagagem e peso a mais. Só quem esquece é realmente livre: livre de passado, de presente e de futuro.
A prisão pela memória entorpece. Quando o que lembramos é doloroso, ficamos ainda mais incapazes de nos movermos. É um peso, uma rede, uma corrente de pensamentos que assim nos impede a leveza necessária ao novo caminho e à descoberta.
Maria Mariana era cativa de uma ausência.»
Maria Teresa Meireles em Mirabilia (Chiado Editora)
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