terça-feira, 23 de abril de 2013

A Estrada Branca

«Atravessei contigo a minuciosa tarde
deste-me a tua mão, a vida parecia
difícil de estabelecer
acima do muro alto

folhas tremiam
ao invisível peso mais forte

Podia morrer por uma só dessas coisas
que trazemos sem que possam ser ditas:
astros cruzam-se numa velocidade que apavora
inamovíveis glaciares por fim se deslocam
e na única forma que tem de acompanhar-te
o meu coração bate»

José Tolentino Mendonça em Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI (selecção, organização, introdução e notas de Jorge Reis-Sá e Rui Lage, Porto Editora)

Sem comentários:

Enviar um comentário