«A partir do dia em que descobri o gabinete de leitura de Sylvia Beach, li o Turguenev inteirinho, tudo o que em inglês de Gogol se publicara, as traduções que Constance Garnett fizera de Tolstoi e as traduções inglesas de Chekov. Em Toronto, antes de virmos para Paris, tinham-me dito que Katherine Mansfield era uma excelente contista, uma grande contista mesmo, mas, ao tentar lê-lo depois de Chekov, foi como comparar os contos cuidadosamente artificiais de uma velha solteirona, com os de um médico fluente e experimentado, que fosse ao mesmo tempo um escritor de grande clareza. Mansfield assemelhava-se às bebidas insípidas dos tempos da lei seca. Mais valia beber água. Mas Chekov, esse, não se assemelhava à água excepto na limpidez. Havia algumas histórias que mais pareciam jornalismo. Mas também havia outras verdadeiramente maravilhosas.»
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