«Está tudo fechado em Bat-Yam à excepção da farmácia de serviço,
onde brilha a luz fria do néon. Atrás do balcão, um judeu italiano,
de bata branca e já não muito jovem, está há três horas a ler
da primeira à última linha o jornal que, entretanto,
passou a ser de ontem. Interroga-se mas sabe que não há resposta.
Da algibeira da bata tira uma caneta
com a qual bate quatro ou cinco vezes no rebordo da chávena vazia.
Não é o som que o surpreende mas o silêncio renovado»
Amos Oz em O mesmo mar (tradução de Lúcia Liba Mucznik, Edições ASA)
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