«Martin sentia que as coisas estavam a mudar. Quanto mais escrevia sobre Claire, mais sentia a sua presença na casa. Ele não era o género de pessoa que acreditava em fantasmas. Sempre fora uma pessoa racional, mas havia alturas em que podia jurar que tinha sentido Claire a respirar ao seu lado. Estariam as palavras que escrevia a respeito dela a trazê-la realmente de volta? Martin tinha medo de formular este pensamento. Não se podia permitir continuar a ter esperança. Mas sem esperança, qual a razão para continuar naquela casa? Porque continuava ele a escrever a história?»
Paul Auster em A Vida Interior de Martin Frost (tradução de Selma Cifka, Edições Asa)
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